Argumento:
Através do texto de João do Rio, o filme conta a história da Rua do Ouvidor. O filme é um passeio por ela. No final do texto apresentamos entrevistas com pessoas que estão freqüentando a Rua do Ouvidor, de forma subjetiva e emocional, que vão definir a rua com diversos adjetivos. O objetivo é contar a história da Rua do Ouvidor e mostrar na prática a idéia de João do Rio de que toda rua tem individualidade, fisionomia e alma.
Roteiro:
Cena 1 – Rua do Ouvidor – ext./dia
Através de um olhar subjetivo, caminhamos pela rua, observando tudo e todos. Uma busca por personagens. Em off e ao som de uma máquina de escrever, escutamos a história da cidade (texto: “A Rua”, de João do Rio). O som da rua vai chegando aos poucos, até tomar conta de tudo no final do texto.
“Vede a Rua do Ouvidor. É a fanfarronada em pessoa, exagerando, mentindo, tomando parte em tudo, mas desertando, correndo os taipas das montras à mais leve sombra de perigo. Esse beco. Inferno de pose, de vaidade, de inveja, tem a especialidade da bravata. E fatalmente oposicionista, criou o boato, o “diz-se...” aterrador e o “fecha-fecha” prudente. Começou por chamar-se Desvio do Mar. Por ela continua a passar para todos os desvios muita gente boa. No tempo em que os seus melhores prédios se alugavam modestamente por dez mil reis, era a Rua do Gadelha. Podia ser ainda hoje a Rua dos Gadelhas, atendendo ao número prodígio de poetas e nefelibatas que infestam de cabelos e versos. Um dia resolveu chamar-se do Ouvidor sem que o senado da câmara fosse ouvido. Chamou-se como calunia, e elogia, como insulta e aplaude, porque era preciso denominar o lugar em que todos falam de lugar do que ouve; e parece que cada nome usado foi como a antecipação moral de um doas aspectos atuais dessa irresponsável artéria da futilidade.”
Cena 2 – Rua do Ouvidor – ext./dia
A voz e o barulho da máquina de escrever desaparecem. O som da rua toma conta. Começa uma colagem de entrevistas, pessoas dando adjetivos a Rua do Ouvidor.
CRIAÇÃO: Pedro Arburuas - roteirista
Acho esse roteiro poético, as imagens se misturando com a voz off de João pelas ruas, a máquina de escrever...
ResponderExcluirImaginar a rua como um corpo vivo, e dentro dessa perspectiva ouvir os depoimentos de quem caminha por lá todos os dias é ótimo!
Beijoss
Inês
Trabalho perto da Rua do Ouvidor e sempre que posso, leio algo sobre ela.
ResponderExcluirGostaria de ver as entrevistas, ouvir os elogios e as reclamações. Adorei a homenagem!
beijos,
Aninha
Mais uma vez bons contrastes, o som da máquina de escrever num momento atual, enquanto se ouve a narrativa de mais de um século.
ResponderExcluirGostei muito da homenagem a Rua do Ouvidor.
ResponderExcluirEsta rua lembra minha infância, pois sua avó adorava fazer compras lá.
Achei a idéia da colagem de entrevista muito boa.
Mais uma vez desejo sucesso e não desista do sonho.
Muchos besitos com cariño.
Eliane
Adorei o saudosismo do som da máquina de escrever. E a colagem de entrevistas também é ótima. Deu vontade de ver. Beijinho, Aline
ResponderExcluirGrande ideia, faltam roteiros falando da historia da cidade, estamos sempre inaltecendo a beleza natural, o futebol e o samba.
ResponderExcluirE a nossa historia?
Gostaria de ver pronto.
Pedro
Vá em frente.. A rua do Ouvidor faz parte de um pedacinho da história de todos nós!
ResponderExcluirBeijos,
Maria Helena