quarta-feira, 14 de julho de 2010

A Escrava Isaura - livre adapatação

Esta é uma livre adaptação de A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães.

Poesia de Paulo Siqueira, será apresentada pelo grupo de atores do Óperação Cinema no Espaço Sesc Copacabana durante a maratona de contos do Simpósio de Contadores de Histórias.






Por acaso de brincadeira do destino,
ou quem sabe? De gens travessos.
Parida na Senzala, de negra escrava,
nasce Isaura, negra sem tinta.

Branca na pele alva,
mas de bunda farta e cintura fina,
sua sensualidade mestiça,
a muitos provocava, assim,
a mucama prendada da noiva de Ioiô Leôncio,
era cortejada por muitos, todos,
em fazenda de seu pai, o patrão.

O patrão, pai de Ioiô Leôncio,
pois o pai de Isaura, era Miguel.
Branco e livre, como assim era de ser
naquele Brasil império,
quando o homem se valia por sua fé
e sua raça.

Foi Miguel comprar a liberdade de sua filha,
mas o novo patrão,
desde morte de seu pai,
não deu por agrado de vender.
Em verdade, as curvas fartas da negra sem tinta Isaura,
enrijeciam Ioiô Leôncio.

Como o negócio não se deu,
achou por bem Miguel,
comprar sua fuga,
e assim a levou à Recife.

Sua beleza de lábios angola
em nariz reinol,
despertaram paixão em Álvaro,
o jovem, que a partir de agora,
é o herói de nossa história,
por quem, há de suspirar Isaura,
a negra escrava de pele branca sem tinta.

Pois de tanto que fez Álvaro,
conseguiu ser recebido em casa Isaurina de Elvira,
o nome falso da nossa heroína.
E tanto mais fez, tanto insistiu,
que convidou Elvira ao baile da cidade,
a qual não deveria, por sua segurança devida.
Mas foi.

Bela como uma sereia do mar de Pernambuco,
de olhos mel e cabelos lisos que teimavam em cachear,
era Elvira, nossa Isaura,
prendada não só nos seios rijos e canelas torneadas,
mas também cantava e tocava ao piano,
qual um anjo de voz inocente
e sensualidade inconfessável,
para o louvor de todos.

Todos menos Martinho,
que estranhou seus modos mixolídios
aquela leve dissonância nas dominantes,
o timbre levemente arranhado na voz,
e o percutir ao piano um tanto pouco cristão.

Lembrou assim, Martinho,
Nosso novo vilão,
do folheto do jornal
no qual Ioiô Leôncio,
o verdadeiro malfeitor desta história
de amor e denúncia;
havia por recompensa
de trinta dinheiros,
quem Isaura de novo lhe aprouvesse.

Ioiô Leôncio então,
no justo de sua razão,
pois assim era a lei,
e que fosse cumprida!
Aos protestos de Álvaro,
com a benção da justiça
trouxe Isaura,
a triste escrava,
da pele alva,
negra sem tinta,
de volta pra senzala.

Isolada do mundo e de todos,
a correntada à sua escravidão,
a negra branca Isaura chora,
canta o cativeiro,
canta o amor de Álvaro,
canta o destino de uma só pessoa,
impotente contra seu tempo.

Cantam seus irmãos da senzala,
impotentes contra o império,
o qual enricava sobre seus lombos.

Cantam sua oração de luta e liberdade
sufocada por Ioiô Leôncio,
o dono de suas vidas,
dono de seu destino,
dono de Isaura,
clara em sua pele,
como a lua cheia sobre a noite escura.






Não podia Isaura lutar contra as correntes,
Não podia bramir armas contra Ioiô Leôncio,
Mas podia lhe dizer não.
E cada vez, não!

Escrava por lei justa dos homens,
Assim fazia a cada investida,
Por entre as horas de solidão cativa,
Entre choros e cantos à Álvaro,
Sendo sua solidão maior,
Agora que o amor de paixão
Lhe queimava a pele sem tinta.

Por ser essa sua força,
Encontrou esta forma de luta,
Quando muitos de seus irmãos
morriam às armas,
Dizia não!

IoIô Leôncio ia todas as noites à mão
suar seu suor branco leitoso.
Lutava com todo poder que tinha,
Seus cães, chicotes,
Armas, suas guerras,
e a cada ataque, não!
Pois antes de dormir,
Ia o humilhado patrão,
Pro leito da esposa
De olhos fechados,
Cumprir sua obrigação.

Se entre a alma e o corpo,
Preferia Isaura os suplícios mil.
Que então pagassem seus irmãos negros,
Era ordem aumentar a produção,
O trabalho era dobrado,
Assim seria então.



Pois se não podiam guerrear
contra os que armas e a lei tinham,
podiam mandingar,
e a noite os tambores trovejaram,
dos Campos dos Goytacazes até os Recifes de Pernambuco,
correu por entre os caminhos,
aquele que conhecia as estradas,
dar o chamado dos trovões,
atendeu Álvaro e foi à côrte
comprar as dívidas do falido Ioiô Leôncio.

Pois este, louco da contrariedade
E da fome por sua negritude branca
da espuma da cachoeira de águas negras,
nem mais administrava sua empresa,
Só cogitava ter perto de si,
Aquela que era sua desgraça,
E se ele não a tivesse,
Que Álvaro se coubesse.

Prometeu à Isaura a liberdade,
Mas que presa a si fosse,
Não por escravatura,
Mas por casar com seu jardineiro,
E assim, conformada com seu destino,
Presa ao juramento cristão,
Nunca, embora pudesse ir.

Isaura nem a si
Mais nada pudesse haver.
Mas seus irmãos sofriam,
E por dignidade, como sua mãe
A escrava negra retinta
Lhe ensinou:
Assim como Cristo deu a vida pelos homens
cabe sacrificar-se pelo bem dos irmãos
os quais sofriam a ira do patrão.



Marcou-se o casório,
Para satisfação vexada de Ioiô Leôncio.
Mas eis que na hora derradeira,
Vem ao galope feroz, Álvaro.
No coração o amor Isaura,
Nas algibeiras as notas promissórias de Ioiô Leôncio,
Pois agora, tudo o que antes a este pertencia,
Era agora seu.
Suas terras, sua casa,
seus animais, seus escravos
e sua Isaura.

Ioiô Leôncio derrotado pela própria lei,
Aquela que sempre o fez vencedor.
Louco por sua falência,
Por ter perdido tudo,
Por ver Isaura feliz e livre,
Por saber que nunca a teria,
Seja pelo coração, seja pelo púbis,
Tomou a única saída que lhe cabia,
Esfacelou a cabeça com um tiro por entre a boca.


Assim termina a história de Isaura,
A escrava negra sem tinta,
Da tez pálida e curvas sinuosas,
Cuja a escravidão não agredia por ter nascido branca,
Mas por ser esta uma das maiores infâmias do homem ao homem.

Se era branca Isaura,
Como a lua cheia,
É porque olhos desatentos não podiam ver
O manto negro da noite sob sua luz.
A noite do couro de seus antepassados.
À noite, quando ao redor das fogueiras,
Aonde ainda menina, acompanhava sua mãe
Aos tambores e às danças.
A noite quando mais negra,
À matutina,
Ia Isaura, a mestiça,
Rezar na igreja à luz da aurora.
Calados os tambores,
Tocavam os ministros os sinos da matriz,
Aonde Isaura estudava piano.
Sendo assim, o dobrar do badalo brasileiro
A mistura promíscua
entre os que estavam
com os que chegaram,
os que trouxeram,
foram trazidos,
aos que nasceram.



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Influência Afro em Ouro Preto por Felippe Lima


Influencia Afro em Ouro Preto

Povo Bantu, Jeje e Nago

Com a decadência dos engenhos de cana-de-açúcar e o apogeu do Ciclo do Ouro nos séculos 17 e 18, muitos escravos foram deslocados para a região de Minas Gerais, incorporando sua riqueza cultural à opulência garantida pela descoberta do ouro e pedras preciosas. Além da revolução artística que a influência negra exerceu sobre o barroco mineiro, com alguns anjos de traços africanos, banhados a ouro, adornando os altares das principais igrejas da época, os negros também são os grandes responsáveis pelo caráter peculiar das manifestações folclóricas, religiosas, artísticas e gastronômicas de Minas.

Ao encontro dessa gente banto já estabelecida nos núcleos coloniais

em desenvolvimento, também é registrada a presença de povos

ewê-fon originários do golfo de Benin, dos atuais territórios de Gana,

Togo e Benin (ex-Daomé), cujo contingente foi aumentado em conseqüência

da demanda crescente de mão-de-obra escrava nas minas

de ouro, então descobertas em Minas Gerais. Sua concentração,

no século seguinte, foi de tal ordem em Vila Rica ou Ouro

Preto, Minas Gerais, que chegou a ser corrente entre os negros da

região uma língua que identificamos de base ewê-fon,

http://www.photosynt.net/ano2/03pe/ensaios/82_laycer/congada.htm


Influencia Lingüística no Português Brasileiro

A língua mina-jeje no Brasil: um falar africano em Ouro Preto do século XVIII

Muitas palavras faladas no nosso cotidiano são derivados portugueses a partir de uma mesma raiz banto como por exemplo esmolando, dengoso, sambista, xingamento, caçulinha, entre outras. Temos casos da própria palavra banto substituir o equivalente em português: xingar/ insultar, caçula/benjamim, dendê/óleo-de-palma, bunda/nádegas, marimbondo/vespa, cachaça/água-ardente, cochilar/dormitar, molambo/trapo, etc.

Influencia Gastronômica:

couve, angu, quiabo, taioba, galinhada, cuscuz de frango, farofa de lingüiça e frango com quiabo

Danças Afro em Ouro Preto

Lundu: O lundu ou lundum é um gênero musical contemporâneo e uma dança brasileira de natureza híbrida, criada a partir dos batuques dos escravos bantos trazidos ao Brasil de Angola e de ritmos portugueses. Da África, o lundu herdou a base rítmica, uma certa malemolência e seu aspecto lascivo, evidenciado pela umbigada, os rebolados e outros gestos que imitam o ato sexual. DaEuropa, o lundu, que é considerado por muitos o primeiro ritmo afro-brasileiro, aproveitou características de danças ibéricas, como o estalar dos dedos, e a melodia e a harmonia, além do acompanhamento instrumental do bandolim..

Capoeira, Jongo ( Povo Bantu ) – Caxambu ( tambor ) , Candongueiro e o Ngoma-puíta e Dança dos

Dança dos Orixás

Fantasmas, Lendas, etc por Felippe Lima

FANTASMAS DE OURO PRETO

‘’ livro Tesouros, fantasmas e lendas de Ouro Preto, de Ângela Leite Xavier ‘’ –

Lendas:

Uma moça com casamento marcado com um homem mais velho e distinto se apaixona por um cavaleiro, mulato, que sempre passava diante de sua janela. Trocam olhares, bilhetes. O pai dela descobre e dá sumiço no rapaz. Esperando a volta do amado, a moça definha até morrer. Ainda hoje é vista, vestida de noiva, em um casarão no Bairro Lages, em Ouro Preto.

A Missa dos Mortos de Ouro Preto - MG

O caso aconteceu entre o fim do século XVIII e começo do século XIX, na igreja de Nossa Senhora das Mercês que fica ao lado de um cemitério. Quem viu foi João Leite, zelador e sacristão que se preparava para dormir em sua casa, próxima ao templo, quando percebeu luzes na igreja e foi verificar o que acontecia. Deu com uma missa em andamento, repleta de fiéis vestidos em longas túnicas escuras e um estranho padre cuja nuca era pelada e branca. Eis que o padre voltou-se para a assembléia e pronunciou "Dominus Vobiscum". Foi aí que o sacristão viu-lhe a face cadavérica e bem reparando constatou que todos os presentes eram igualmente esqueletos. Tratou se escafeder-se sem chamar a atenção mas ainda a tempo de observar que a porta de acesso ao cemitério estava aberta.

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Uma lenda diz que, debaixo da Matriz de Nossa Senhora do Pilar, existe muito ouro. Dizem até existir um túnel debaixo dela que vai dar no Morro da Queimada. Por ele, os escravos de Paschoal da Silva Guimarães teriam tentado salvar o ouro de seu senhor quando o morro foi queimado por ordem do Conde de Assumar. Muitos escravos teriam morrido lá embaixo em conseqüência dos desabamentos. Por isso, até hoje, ouvem-se suspiros profundos das almas penadas daqueles mortos.

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Uma vez, tarde da noite, um cônego foi chamado para dar assistência a um doente muito mal em seu leito. O religioso foi até a Igreja do Pilar buscar o viático para ministrá-lo ao enfermo. Dentro da igreja estava um seu irmão de ordem, desconhecido, ajoelhado, rezando. Como as portas estavam trancadas, o vigário não entendeu como o desconhecido havia entrado lá e perguntou a ele. Surpreso, ouviu-o dizer que morava ali mesmo. Em seguida, desapareceu, deixando o cônego de boca aberta

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Antigamente havia uma fábrica de pigmentos naturais perto da Capela da Piedade. Toda aquela região é rica em pigmentos de vários tons, muito usados, antigamente, nas pinturas artísticas e de casas.

Havia um senhor que era fiscal daquela fábrica e ia lá todos os dias fazer o seu trabalho. O local era deserto, não havia nenhuma casa nas redondezas, apenas a capela e o galpão das tintas.

Uma tarde quente de sol, estava ele dirigindo-se à fábrica, como sempre fazia. Quando passou próximo ao adro da capela, avistou um padre aproximando, com aquela batina preta cheia de botões, chapéu preto, vindo dos lados do Padre Faria. O padre caminhava rapidamente, de cabeça baixa, em direção à porta da capela.

O fiscal da fábrica tentou se aproximar para conversar com o padre. Então aconteceu o inesperado. O padre desapareceu bem na porta da capela. O pobre homem ficou atônito.

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Muitas igrejas em Ouro Preto têm mistérios ainda não desvendados. Na Igreja do Rosário, podem-se ouvir, à noite, tambores e cantos maravilhosos. Ao ouvir esse som, muita gente, vencendo o medo, costuma encostar a cabeça nas paredes de pedra e ficar assim por muito tempo, apreciando a beleza daquela música misteriosa

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Também na Igreja de São Francisco de Assis, muitos já ouviram gemidos e arrastar de correntes, em plena madrugada. Também foi visto no interior do templo, um irmão com hábito preto, rezando o breviário.

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Dentro da Igreja do Carmo, ouve-se um arrastar de chinelos. Dizem que é Maria Chinelaque assombrando. Ela era uma preta velha que limpava a igreja e estava sempre arrastando seus chinelos pelas ruas de Vila Rica.

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No interior da Igreja de Santa Efigênia, ao meio-dia, estando a mesma fechada, ouviu-se conversa de negros Mina, com seu sotaque característico. As vozes vinham da capela- mor.

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De madrugada, quando as ruas estão vazias e escuras e as famílias já se recolheram às suas casas, pode-se ouvir o barulho das patas de um cavalo que sai, a galope, pelas ruas da cidade. Ele sai das Águas Férreas e vai até o Patronato, atravessando a cidade toda. Por todas as ruas, o cavaleiro misterioso vai trotando nervosamente, a perturbar o sono dos moradores. Dizem tratar-se de um padre, vestindo uma batina preta e, na cabeça, traz um chapéu também preto. Ele procura, desesperadamente, a chave do sacrário que perdeu. Há mais de 200 anos, perambula pelas ruas da cidade em busca da chave da qual era guardião. Teme que ela seja encontrada por alguém de má fé que profane o cofre sagrado e espalhe as hóstias pelo chão. Ele tem o dever de zelar pelo que é sagrado e não terá sossego enquanto não encontrar essa chave

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Geografia e Mapas por Bernardo Batista


Ouro Preto é bem friozinho, acho que por causa da altitude.

- Temperatura média anual - 18 C

média máxima anual - 23 C

média mínima anual - 14 C

Lá tem alguns rios, se isso interessar ao nosso projeto.

- A foz do rio Maracujá, no distrito Cachoeira do Campo, é um dos pontos
mais baixos da cidade. O rio está poluído por esgoto doméstico.
- O Rio das Velhas tem a nascente na Cachoeira das Andorinhas, dentro do
Parque Nacional das Andorinhas. Para nós, que iríamos a trabalho e com
equipamento, a cachoeira parece ser complicada de acessar. Fica dentro de
uma gruta, é um destino popular (pode ter muito turista), entrando na gruta
você necessariamente se molha. Mas na trilha para a cachoeira há o rio em
si. O link a seguir tem informações mais detalhadas e algumas fotos:
http://trilhados.blogspot.com/2010/02/cachoeira-das-andorinhas-e-pedr...
- Há aindao Ribeirão do Funil, do qual tenho pouca informação.
Aparentemente há turismo ecológico nesse ribeirão, mas em Ouro Preto ele
também está poluído por esgoto. Pesquisando "ribeirão do funil" nos mapas
do Google, ele aponta um local dentro da cidade.

Um dos pontos mais altos é o Pico Itacolomi, no Parque Estadual Itacolomi,
na divisa com a cidade de Mariana. A trilha até lá deve durar umas quatro
horas. Que eu me lembre, é possível ver o pico de qualquer parte da cidade.
Uma foto aqui:
http://images.travelpod.com/users/rese_ma/brasilien_2005.1127413680.p...

Ouro Preto é daquele jeito de Minas: só tem montanha em tudo. O artigo na
Wikipedia diz que 74% da cidade é montanhoso, 15% é ondulado e 11% é plano.

Se formos filmar nas estradas, o caminho do Rio deve ser pela BR-040,
MG-030, MG-443 e Estrada Real (estrada para Ouro Branco). Acho que todos os
trechos são asfaltados. Acho que obrigatoriamente passaremos por Petrópolis
e Ouro Branco, dentre outras cidades.

A Universidade Federal de Ouro Preto está no centro da cidade, aparentemente
num lugar mais baixo, rodeado de montanhas. Não há muitas fotos na
internet, até porque são vários campi. Mas obviamente ela ocupa algumas
construções bem velhas de Ouro Preto. Sugiro fortemente que a turma do
roteiro e das outras áreas pesquise as moradias estudantis da UFOP, as
repúblicas. É um sistema bem diferente, parecido com as fraternities e
sororities dos Estados Unidos.

Ouro Preto tem ZILHÕES de igrejas; eu elegi algumas quase aleatoriamente
para pesquisar. A maioria é igreja famosa com trabalhos de Aleijadinho;
provavelmente foram objetos de pesquisa dos colegas nas outras áreas.
Portanto, aqueles que também pesquisaram as igrejas a seguir, já podem ter
uma idéia de onde elas estão e como é a área.

- Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar fica no centro da cidade, pertinho do
Museu da Inconfidência (área bem movimentada). Parece ser relativamente
alto, com uma vista da área da UFOP.
- Igreja Nossa Senhora do Carmo está num local quase idêntico ao da Matriz
N. S. Pilar: no centro, pertinho do museu, com montanha de um lado e vale do
outro.
- Igreja Nossa Senhora do Rosário: não pude localizá-la nos mapas do Google.
Dos quatro locais apontados em pesquisas diversas, um dos que me pareceu
mais provável foi um resultado próximo à rua Getúlio Vargas. A igreja
deveria ficar no Largo do Rosário, que tampouco pude localizar.
- Igreja São Francisco de Assis: não pude localizar com precisão, mas
aparentemente ela também fica no centro, bem perdinho do museu.
- Capela de São Sebastião, se localizei corretamente, deve estar num
mirante. Pesquisei essa capela porque ela parece ser extremamente simples,
em contraste com o barroco mineiro mais típico, caso o projeto peça algo
mais singelo. Não é muito distante do centro e parece ser bem bonito. No
link a seguir (exige plug-in Silverlight) há uma vista que, eu acho, é do
mirante próximo à capela:
http://photosynth.net/view.aspx?cid=3b5e0d3e-9a87-41db-a60f-d0ad33a12f43

Aqui há uma lista de igrejas que usei na pesquisa:
http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/OuroPreto/port/igreja...
(muitas
delas têm artigos na Wikipedia)
Um mapa que me ajudou a achar igrejas difíceis:
http://www.feriasbrasil.com.br/mg/ouropreto/mapa.cfm
E outro que também ajudou com as igrejas difíceis:
http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/ouropreto/port/mapa.asp
E essa página tem muitas fotos em 360 graus e vários pontos de Ouro Preto,
principalmente igrejas, inclusive fotos noturnas. Muito bom pra termos uma
idéia, ainda que distorcida, de como é cada local:
http://360.webcamturismo.com/ouro-preto

A rodoviária (Terminal Rodoviário 8 de Julho) fica mais ou menos no
norte-noroeste da cidade, num lugar diferente da entrada sugerida na rota
Rio-Ouro Preto.

Não achei nenhuma pista na internet de onde pode ou não pode ir de carro.
Acho que é só é proibido em um pedaço da cidade.

Ouro Preto tem ZILHÕES de mirantes. Dois deles são no morro São Sebastião -
o mesmo da capela - e na igreja São Francisco de Assis.

Fatos Importantes de Ouro Preto por Willian Colombo

Galera como fiquei com a pesquisa de fatos importantes de ouro preto e
como ouro preto e uma cidade famosa deve ter acontecido diversos fatos
nessa cidade né,rsrs, entam vou separar um que eu achei importantes
para mim.

em 2009 ano da França aqui no Brasil de 21 de abril a 15 de novembro
de 2009.

A comemoração da Inconfidência Mineira tem um toque francês este ano.
A programação começa no dia 17, com a pré-abertura do França.Br 2009 -
Ano França no Brasil em Ouro Preto. O evento - em reciprocidade ao bem
sucedido Ano do Brasil na França realizado em 2005 - traz exposições,
festival gastronômico, mostra de cinema, lançamento de livro,
apresentações musicais e um grande concerto, culminando com a entrega
da Medalha da Inconfidência, no dia 21 de abril.

A programação do Ano da França no Brasil, sob a coordenação da
Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, reflete a diversidade
das culturas francesa e mineira e começa na próxima sexta-feira, dia
17, às 20h30, com a abertura da exposição A Inconfidência Mineira no
contexto da Revolução Francesa, no Museu da Inconfidência. A mostra
trará peças como a tela Esquartejamento de Tiradentes, de Pedro
Américo; a sentença original de Tiradentes; o mapa de Paris, de 1789,
com registro dos locais e dos fatos mais importantes da Revolução
Francesa, entre outros.

http://www.ouropreto.com.br/noticias/detalhe.php?idnoticia=1757

Exposição do Museu da Inconfidência integra programação do Ano da
França no Brasil

http://www.ouropreto.com.br/noticias/detalhe.php?idnoticia=1754

França é tema de Festival Gastronômico em Ouro Preto

http://www.ouropreto.com.br/noticias/detalhe.php?idnoticia=1753

Abertura do Ano da França no Brasil – Programação

http://www.ouropreto.com.br/noticias/detalhe.php?idnoticia=1740

Ouro Preto

Entre os dias 02 e 08 de Agosto de 2010 estaremos em Ouro Preto gravando um longa-metragem como resultado do curso que está acontecendo na Ópera Prima.
Vamos postando aqui o material das pesquisas que o grupo está fazendo.

terça-feira, 23 de março de 2010

Amor de Rua de Pedro Arburúas

AMOR DE RUA

Argumento: Inspirado na crônica “As Mariposas do Luxo” de João do Rio.

Beto se apaixona por uma prostituta, não consegue tirá-la da cabeça. As amigas tentam convencê-lo do absurdo que é se apaixonar por uma mariposa. Beto está confuso e dividido entre o sentimento e a moral. A chegada de um amigo revela o quanto essas mulheres sofrem, mas ainda assim são belas.

Roteiro:

Cena 1 – Rua – ext./dia

Beto conversa com Bia e Maria, confessa sua paixão por uma prostituta.

Beto

Eu a conheci numa noite de samba.

Nas primeiras vezes paguei,

mas quando a encontro sozinha...

ela fica comigo e nos amamos a noite toda...

e não me pede nada, só carinho

São as melhores noites.

Bia

Na verdade ninguém as conhece,

ninguém sabe quem elas realmente são.

Beto

Eu sei. Mas não sei o que fazer, estou dividido por esta paixão.

Maria

Esse tipo de mulher é a ralé da sociedade.

São invisíveis aos olhos.

Só os mal amados as olham.

Bia

Ou os pícaros, como você. Porque você é um bufão, né... adora uma fanfarronada.

Chega Carlos, já se intrometendo na conversa.

Carlos

Meninas, calma.

Essas mulheres são pequenos pássaros indefesos.

Vamos ficar e vê-las passar, lindas mariposas de luxo. Elas vem em pequenos grupos: loiras, morenas e outras lindas negras.

Bia

E daí? Vocês parecem duas crianças.

Maria

Vamos embora, todos juntos. Já está escurecendo. Já está na nossa hora.

Beto

Eu vou ficar, ainda preciso andar por aí, quero encontrá-la, nem que eu precise pagar.

Vou passar pela Rua do Lavradio, pela Ouvidor, pela Rio Branco...

Se for necessário, vou até a Rua da Misericórdia!

Bia e Maria saem para um lado, sem acreditar no que está acontecendo. Beto sai para o outro lado. Carlos fica sem saber o que fazer, olha para os lados buscando quem acompanhar. Resolve ir com o amigo.