Influencia Afro em Ouro Preto
Povo Bantu, Jeje e Nago
Com a decadência dos engenhos de cana-de-açúcar e o apogeu do Ciclo do Ouro nos séculos 17 e 18, muitos escravos foram deslocados para a região de Minas Gerais, incorporando sua riqueza cultural à opulência garantida pela descoberta do ouro e pedras preciosas. Além da revolução artística que a influência negra exerceu sobre o barroco mineiro, com alguns anjos de traços africanos, banhados a ouro, adornando os altares das principais igrejas da época, os negros também são os grandes responsáveis pelo caráter peculiar das manifestações folclóricas, religiosas, artísticas e gastronômicas de Minas.
Ao encontro dessa gente banto já estabelecida nos núcleos coloniais
em desenvolvimento, também é registrada a presença de povos
ewê-fon originários do golfo de Benin, dos atuais territórios de Gana,
Togo e Benin (ex-Daomé), cujo contingente foi aumentado em conseqüência
da demanda crescente de mão-de-obra escrava nas minas
de ouro, então descobertas em Minas Gerais. Sua concentração,
no século seguinte, foi de tal ordem em Vila Rica ou Ouro
Preto, Minas Gerais, que chegou a ser corrente entre os negros da
região uma língua que identificamos de base ewê-fon,
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Influencia Lingüística no Português Brasileiro
A língua mina-jeje no Brasil: um falar africano em Ouro Preto do século XVIII
Muitas palavras faladas no nosso cotidiano são derivados portugueses a partir de uma mesma raiz banto como por exemplo esmolando, dengoso, sambista, xingamento, caçulinha, entre outras. Temos casos da própria palavra banto substituir o equivalente em português: xingar/ insultar, caçula/benjamim, dendê/óleo-de-palma, bunda/nádegas, marimbondo/vespa, cachaça/água-ardente, cochilar/dormitar, molambo/trapo, etc.
Influencia Gastronômica:
couve, angu, quiabo, taioba, galinhada, cuscuz de frango, farofa de lingüiça e frango com quiabo
Danças Afro em Ouro Preto
Lundu: O lundu ou lundum é um gênero musical contemporâneo e uma dança brasileira de natureza híbrida, criada a partir dos batuques dos escravos bantos trazidos ao Brasil de Angola e de ritmos portugueses. Da África, o lundu herdou a base rítmica, uma certa malemolência e seu aspecto lascivo, evidenciado pela umbigada, os rebolados e outros gestos que imitam o ato sexual. DaEuropa, o lundu, que é considerado por muitos o primeiro ritmo afro-brasileiro, aproveitou características de danças ibéricas, como o estalar dos dedos, e a melodia e a harmonia, além do acompanhamento instrumental do
Capoeira, Jongo ( Povo Bantu ) – Caxambu ( tambor ) , Candongueiro e o Ngoma-puíta e Dança dos
Dança dos Orixás
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